Dentes saudáveis ficam fixos na cavidade bucal porque estão inseridos em osso. 

Mas, para que os dentes não fiquem amolecidos, o osso deve permanecer saudável. 

Assim, o que causa a perda óssea na cavidade bucal? 

É sobre isso que falaremos, confira! 

Como ocorre a perda óssea? 

Quando há presença excessiva de alguns tipos bacterianos na cavidade bucal, em função da falta de higienização correta, essas bactérias geram um processo inflamatório na região. 

Dependendo da gravidade desse processo inflamatório, há ativação de células denominadas osteoclastos, que são responsáveis pela reabsorção óssea. 

Ou seja, o osso nessa região acaba sendo perdido. 

Mas, uma inflamação no início não leva, necessariamente à perda óssea. 

Quando há perda óssea na região, temos a instalação de uma doença chamada doença periodontal. 

A doença periodontal, de fato, inicia-se com uma simples gengivite, ou seja, uma inflamação na região da gengiva. 

Mas nem toda gengivite evolui para uma doença periodontal. 

De fato, a doença periodontal é a causa mais comum de perda óssea, levando a perdas dentárias. 

Assim, com a perda óssea, o dente perde sua sustentação, fica mole e acaba tendo que ser extraído. 

Pacientes com doença periodontal não-estabilizada não tem indicação de colocação de implantes na região, dado que as bactérias que causaram a perda do dente podem levar à perda do implante, por uma doença denominada periimplantite. 

Na periimplantite, há inflamação ao redor do implante e não há sua ossointegração (fixação no osso) de maneira ideal. Com isso, há perda do implante. 

Outras causas de perda óssea

Há outras causas menos comuns para perda óssea no organismo, tais como osteoporose e algumas doenças ósseas, mas essas causas são bem menos frequentes na cavidade bucal. 

A principal causa de perda óssea na cavidade bucal é a doença periodontal. 

Existem algumas doenças que fazem com que a perda óssea ocorra de forma mais acelerada. É o caso do diabetes descompensado, por exemplo. Mas a presença de biofilme bacteriano na cavidade bucal e a má higiene bucal ainda são as principais causas envolvidas na perda óssea. 

Outra causa geralmente associada é o fumo. Fumantes tendem a ter uma perda óssea bem mais acentuada do que indivíduos que não fumam. 

Assim, algumas medidas podem ser importantes para prevenção do problema. 

Existe prevenção de perda óssea? 

A resposta é sim, existem formas de você prevenir a perda óssea na cavidade bucal. Confira quais são as medidas necessárias. 

Como evitar a perda óssea?

1 – Vá ao seu cirurgião-dentista ao menos uma vez ao ano 

Visitar seu cirurgião-dentista ao menos uma vez ao ano é uma das medidas essenciais para prevenção de problemas bucais. 

Isso porque o cirurgião-dentista consegue fazer uma análise da situação e uma limpeza profissional, retirando o tártaro. 

O tártaro é a calcificação do biofilme dentário (placa dentária), que não pode ser removida pela escovação, necessitando de limpeza profissional. 

Com a remoção do tártaro e manutenção da higiene bucal adequada, se reduz sensivelmente a possibilidade de se ter doença periodontal. 

Sempre consulte seu cirurgião-dentista 

2 – Sempre use fio dental 

Muitas pessoas esquecem de usar o fio dental. Uma boa higiene bucal inclui escovação e uso do fio dental, visto que a área situada entre os dentes não é acessada pela escova, somente pelo fio dental. 

3 – Fique atento aos sinais 

Existem alguns sinais que, quando aparecem, devem acender o alerta da necessidade eminente de uma consulta com seu cirurgião-dentista. 

Não espere sentir dor para buscar um profissional, pois a perda óssea não dói. 

Assim, se você sentir sangramento gengival, ou então mau hálito e algum dente ficando mole, você precisa visitar seu cirurgião-dentista quanto antes. 

Outros sinais importantes são a gengiva inchada ou a sensação de ter pus saindo de algum ponto da gengiva. Esses também são importantes sinais de alerta, que devem fazer você procurar seu cirurgião-dentista quanto antes. 

4 – Mantenha suas doenças de base sob controle 

Caso você seja diabético, o controle da doença é essencial para saúde bucal. 

Ter diabetes não significa que você terá perda óssea. Existem muitos pacientes com diabetes há vários anos e que não tem nenhuma perda óssea. 

Mas, para isso, o bom controle da doença é essencial. 

5 – Não fume 

O cigarro é um dos grandes vilões da saúde. 

Além de trazer mau hálito e aumentar o risco de doenças sérias, como câncer, o fumo aumenta o risco de desenvolvimento da doença periodontal e com isso, maior perda óssea. 

Portanto, busque tratamento para se livrar do vício do cigarro e assim, ter uma vida com mais saúde. 

Como é o tratamento para perda óssea? 

Visto que seu cirurgião-dentista identificou um foco de perda óssea, existe tratamento para isso. 

Primeiramente, em caso de doença periodontal, o cirurgião-dentista fará uma limpeza profissional. 

Dependendo do caso, pode ser necessária uma cirurgia periodontal, para expor as raízes dos dentes e conseguir remover o tártaro e o biofilme dentário da região. 

É essencial que o paciente tenha aderência ao tratamento periodontal, visto que o paciente necessita manter e melhorar a qualidade da higiene bucal. 

Com a doença periodontal estabilizada, está na hora de pensar em como reparar as sequelas causadas pela perda óssea. 

Os implantes dentários são excelentes alternativas para substituir dentes perdidos pela perda óssea 

Colocação de implantes dentários

Em caso de perda dentária, a colocação de um implante pode ser uma boa opção. 

Mas, o caso necessita de bom planejamento, dado que a região pode não apresentar osso em espessura suficiente para a colocação do implante. 

Nesse caso, a colocação de enxertos ósseos na região também representa uma boa alternativa. 

Além dos tradicionais enxertos ósseos, que podem ser do próprio paciente ou liofilizados (em forma de pó), existe também uma boa opção que vem ganhando destaque na odontologia: a utilização do LPRF

O tratamento com LPRF, disponível na OdontoYama, é a aplicação de fibrina rica em leucócitos e plaquetas, a qual é extraída do sangue do próprio paciente, centrifugado e colocado no sítio cirúrgico. 

Com isso, há liberação no local de diversos fatores de crescimento, extremamente úteis e necessários para estimular que a reparação tecidual ocorra da melhor maneira possível. 

O tratamento com LPRF pode ser associado à colocação de um implante ou para recobrir uma raiz dentária, por exemplo. 

O seu cirurgião-dentista indicará o melhor tratamento para a sua perda óssea, apresentando as alternativas e indicações de cada tratamento.