Quando surge uma bolinha com pus na gengiva, é um sinal de alerta! Afinal, se o organismo apresentou, como resposta, uma bolinha com pus, é indicativo de infecção.
A primeira ação, nesse caso, não é tentar estourar a bolinha, embora muitos pacientes tenham esse hábito. Isso pode levar a um sangramento maior!
Portanto, ao notar uma bolinha com pus na gengiva, a primeira ação deve ser procurar imediatamente seu cirurgião-dentista. Assim, o profissional poderá avaliar o caso, realizar um minucioso exame clínico e com o auxílio de radiografias, poderá emitir um diagnóstico.
É importante, no entanto, verificar se há a presença de outros sinais e sintomas. Geralmente, o paciente que tem uma bolinha de pus não apresenta febre. Mas, se a febre surgir é mais um sinal de alerta para você procurar imediatamente um cirurgião-dentista.
Dor no local e sangramento também podem estar presentes.
A dúvida que muitos pacientes têm é se essa bolinha com pus é sinal de necessidade de canal para o dente mais próximo. Então, é sobre isso que falaremos. Confira!
O que é uma bolinha com pus na cavidade bucal?
Bolinha de pus é um termo popular. Em Odontologia, o nome correto é fístula dental, o qual leva a formação de um abscesso dentário. Mas, o que é isso?
A fístula nada mais é do que uma infecção que o organismo não conseguiu resolver sozinho, levando à criação de um abscesso dentário. Assim, é necessário identificar a causa dessa fístula e do abscesso, ou seja, onde está a infecção primária que levou à produção de pus.
Como o organismo não consegue “vencer” a infecção, há produção de pus, sendo uma secreção formada por células de defesa mortas, bem como bactérias, de coloração amarelada. O pus tende a sair da região onde está a infecção e drenar, buscando um caminho mais fácil.
Dessa forma, forma-se uma bolinha com pus na gengiva, por exemplo, próximo ao dente com problema. Muitas vezes o paciente não sente dor e só nota a presença dessa bolinha quando olha sua cavidade bucal no espalho.
Porém, é fundamental procurar o cirurgião-dentista assim que notar a presença da fístula, para que o profissional examine o caso clínico.
Para isso, o cirurgião-dentista faz um exame clínico apurado, verificando as estruturas dentárias, se há a presença de lesões de cárie. Além disso, muitas vezes, há necessidade de exames radiográficos dos dentes próximos à fístula, para observar o caminho.
A radiografia é importante para verificar as estruturas internas do dente: se é um dente cuja cárie já atingiu a polpa, se há alguma lesão na raiz do dente ou se é um dente que já foi feito tratamento de canal.
Logo que se inicia o tratamento, a fístula tende a desaparecer, pois, é feita a limpeza e a secreção de pus consegue ser eliminada.
Como é o tratamento?
Após o diagnóstico, o dentista estabelecerá o plano de tratamento ideal para aquele paciente. De fato, o plano de tratamento é sempre individualizado, único para cada paciente.
De maneira geral, o dentista pode prescrever medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, assim como analgésicos, caso o paciente esteja com dor.
Se outros sintomas como febre e inchaço na região estiverem presentes, ou se for um paciente com imunidade mais baixa, o uso de antibióticos pode ser recomendado. Mas, somente o cirurgião-dentista sabe o tipo de antibiótico e a dose certa para cada tratamento.
O dente com a infecção deverá ser tratado e muitas vezes, há necessidade de tratamento de canal. De fato, a presença de uma fístula dental é forte indicativo da necessidade de tratamento de canal.
Porém, o diagnóstico só deve ser dado por um cirurgião-dentista, após avaliar o caso.
Com o tratamento, a região da infecção é limpa e um material é colocado no interior do canal, para finalização do tratamento. A seguir, a estrutura dentária perdida ou removida durante o preparo para o canal, no caso, deve ser substituída por uma restauração apropriada ou uma prótese.
Como prevenir a bolinha de pus na gengiva?
Ter bons hábitos de higiene bucal é fundamental para prevenir infecções na cavidade bucal. Ou seja, escovar os dentes sempre após as refeições e usar fio dental deve ser um hábito.
Além disso, é importante fazer uma consulta preventiva ao seu cirurgião-dentista, ao menos uma vez por ano, para que o profissional veja se há lesões de cárie incipientes, se há necessidade de trocar restaurações e fazer uma limpeza.
Com essas ações, você consegue diminuir bastante a chance de ter uma infecção que resulte em uma fístula dental.